segunda-feira, 12 de abril de 2010

Flerte? Teatro?

Terceira tentativa: (não, vocês não conhecerão as duas primeiras)

Tento escrever sobre a situação em que temos uma das partes de um casal flertando com uma terceira pessoa, em uma festa, num bar, restaurante, casamento, velório, tanto faz.

Não quero descrever todo o flerte propriamente. O que quero é refletir sobre ele. Que acontece ou acontecerá é fato. Quero saber por quê ele existe? Aliás, melhor, saber não. Quero sentir.

Imagino que desempenhamos as três personagens, claro que uma de cada vez. E que não temos como escolher qual representar naquele momento. Nós é que somos escolhidos. Como se nossa vida, a qual não temos nenhum controle, designasse nosso papel.

Homem, mulher, outro(a).

A parte do casal que flerta - O que ela quer? Uma aventura? Mudar? Chega de sua vida medíocre?
Não quer nada. Tem, apenas, uma pessoa interessante olhando para ela.

A parte de fora do casal, e que flerta - Quer uma companhia? Só por esse momento ou para o resto da vida? Depende, claro... Quer ver o circo pegar fogo? É um teste?
Não quer nada. Tem, apenas, uma pessoa interessante olhando para ela.

A outra parte do casal, de fora do flerte - No momento tudo bem. Sem questionamentos, inquietações. Será que percebe algo? Não sei. Não importa. Não, agora.

Mas os papéis vão mudar. Vamos interpretar o outro, e que também faz parte de nós.

Qual papel interpreto agora? Não sei. Não estou no cenário adequado...